LUIZ CARLOS VARGAS – DA LUTA PELA TERRA EM CORUMBÁ-MS À FORMAÇÃO DOS PROFESSORES LEIGOS NO ASSENTAMENTO TAQUARAL
RESUMO
Este trabalho visa analisar a Luta pela Terra em Corumbá-MS e a formação de professores leigos do assentamento Taquaral. Elegem-se algumas questões a serem investigadas no processo de luta pela terra: como se dá o processo de luta pela terra no Brasil? Que tipos de conflitos ocorreram na luta pela terra no Brasil? Qual a contribuição dos movimentos sociais no Brasil e no estado de Mato Grosso do Sul? Como se deu o processo de luta pela terra no assentamento Taquaral? Como aconteceu a educação no assentamento Taquaral? Como foi a formação dos professores leigos? Elege-se como referencial teórico o materialismo histórico-dialético, para se entender a realidade, o princípio do conflito e a contradição como algo permanente. Aplicaram-se entrevistas semi-estruturadas a seis trabalhadores das três agrovilas, dois dos movimentos sociais e cinco professores no assentamento Taquaral, analisando quatro eixos: a) a história antes de entrar no movimento e durante o acampamento; b) as condições concretas da luta pela terra; c) o nível de consciência antes e depois da luta pela terra e; d) a formação dos professores leigos e o seu envolvimento na luta pela terra. Os trabalhadores, por meio de um longo e conflituoso processo de luta pela terra conquistaram o seu lote para tirar o sustento de suas famílias. Dessa forma, estão plantando, comercializando e se apropriando dos bens materiais produzidos. De professores voluntários à profissioanalização, hoje todos têm o curso superior e com pós-graduação como especialização e mestrado. Foi uma longa trajetória na qual os trabalhadores conseguiram através da luta pela terra um lote para tirar o seu sustento. Hoje todos os professores estão qualificados com curso superior, contribuindo na luta na terra e um ensino de qualidade no assentamento.
Palavras-chave: Trabalhadores Rurais, Professores, Educação do Campo