DEBORA DARACELLI BRAGA DE ALMEIDA MENDONÇA – A retomada da teoria do capital humano e da produtividade da escola – uma análise da atualidade da tese da produtividade da escola improdutiva
RESUMO
Este trabalho tem como objetivo analisar a vigência da tese da produtividade da escola improdutiva no atual padrão de acumulação toyotista. O referencial teórico-metodológico adotado foi o materialismo histórico-dialético e utilizamos como estratégia a pesquisa bibliográfica. Realizamos a análise do pensamento dominante educacional representado pelos autores Guiomar Namo de Mello, Cláudio de Moura Castro e Gustavo Ioschpe, dos documentos da CNI, e dos trabalhos do GT Trabalho e Educação da ANPEd entre os anos de 2000 a 2012. Os resultados a que chegamos indicam que a TCH foi retomada pelo pensamento dominante para orientar os processos educativos reforçando a defesa da produtividade da escola. Para o campo hegemônico, a escola torna-se o local para preparar para o mundo do trabalho e para a nova sociabilidade. A CNI adere à defesa da produtividade da escola, afirmando ser a escola essencial para formar para o processo produtivo, e para a competitividade. Por outro lado, os autores do campo crítico da educação revelam o caráter da improdutividade da escola como mediação para a sua produtividade, os autores apontam que apesar do discurso da hegemonia para a produtividade da escola, na prática, a produtividade não se realiza. O campo crítico destaca os problemas de infraestrutura, os projetos que não são compreendidos pelo corpo educacional, e o esvaziamento dos conteúdos escolares como forma de negação do conhecimento historicamente acumulado. Concluímos indicando a vigência da tese da produtividade da escola improdutiva.
Palavras-chave: Neocapital humano, Trabalho e Educação, Pensamento dominante.