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RESUMO
No contexto educacional contemporâneo, a relação entre formação e atividade docente são dimensões afetadas por múltiplas determinações e interesses de ordem econômica e política, suscitando com que o sentido e a significação, aplicados às ações e atividades docentes, encontrem-se fragmentados, incidindo na ampliação da alienação dos indivíduos. Neste sentido, este trabalho visa analisar a relação entre teoria e prática na formação e desenvolvimento da atividade docente, e seus reflexos no ensino dos conteúdos escolares. Para tanto, elegeram-se como aportes a Teoria Histórico-Cultural, a partir de Vigotski (2008) e Leontiev (2004), e a Pedagogia Histórico-Crítica, à luz das contribuições de Dermeval Saviani, Newton Duarte, Lígia Márcia Martins e demais pesquisadores críticos da educação brasileira. Metodologicamente, a fim de compreender os motivos aplicados ao desenvolvimento da atividade docente foram entrevistadas quatro professoras atuantes no Ensino Fundamental de escolas públicas da rede de ensino municipal de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, que responderam ao questionário semiestruturado contendo treze perguntas, que abarcavam desde a formação inicial à prática de ensino dos conteúdos escolares em turmas do Ensino Fundamental. Os resultados da pesquisa apontam que a atividade docente tem sido pautada nos interesses políticos e econômicos do Estado, dissociando-se assim teoria e prática, o que faz do trabalho do professor e seus resultados instrumentos de manutenção da divisão de classe e da formação humana voltada aos propósitos capitalistas e produtivistas. Tais limitações suscitam a falta de reconhecimento docente dos desdobramentos possíveis da atividade educativa como mecanismo de transformação social na transferência dos conhecimentos acumulados pela coletividade.
Palavras-chave: Atividade Educativa. Teoria e Prática de Ensino. Políticas de Formação de Professores. Teoria Histórico-Cultural. Pedagogia Histórico-Crítica.

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