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RESUMO
O presente estudo tem por objetivo analisar como as crianças pequenas (3 a 4 anos) apropriam-se da cultura escrita a partir da organização intencional da prática docente na Educação Infantil. Destacamos que não nos referimosà escrita enquanto
ato motor que privilegie o reconhecimento de letras e palavras desconectadas do mundo real e sim da escrita enquanto instrumento cultural complexo, enquanto necessidade de comunicação e registro. Como referencial teórico nos embasamos na abordagem Histórico-Cultural de Vigotski, colaboradores e demais estudiosos que discutem a cultura escrita na educação do ser humano. A metodologia de pesquisa foi qualitativa, com enfoque na pesquisa-ação da própria prática da pesquisadora e professora, tendo o contexto empírico um Centro Municipal de Educação Infantil da cidade de Corumbá/MS. Os sujeitos da pesquisa foram 20 crianças na faixa etária de 3 e 4 anos de idade e a professora pesquisadora. Os instrumentos para a coleta de dados foram o registro em diário de campo, desenvolvimento de atividades com as crianças, filmagens e fotografias, alguns desses instrumentos organizados a partir dos primeiros estudos sobre o Movimento da Escola Moderna portuguesa.Os resultados apontaram que é possível a
linguagem escrita enquanto produto cultural estar na vida das crianças de forma que elas percebam sua funcionalidade sem, contudo aproximá-las do processo de alfabetização, pautada em uma aprendizagem mecânica, descontextualizada e escolarizada. Nessa perspectiva, consideramoso triplo protagonismo desencadeado pelos estudos e pesquisas de autores da teoria alvo do nosso estudo, que trouxeram para a nossa prática docente uma articulação entre as três figuras principais: criança; professora; cultura, como elementos essenciais para o processo de apropriação da cultura escrita.
Palavras-chave: Criança pequena. Cultura Escrita. Pesquisa-ação da própria prática. TeoriaHistórico-Cultural.

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